Em que fase devo contratar um arquiteto?
Sabe em que fase deve contratar um arquiteto? É muito importante contrata-lo logo no inicio, seja em que fase estiver. Decidiu que vai construir uma casa, ou um prédio, ou fazer obras de reformulação de interiores ou qualquer outra edificação? Já tem um terreno ou pretende comprar um? Assim o arquiteto poderá logo esclarecer duvidas como estas por exemplo: "A casa que pretendo construir caberá no tereno?", " Quantos metros quadrados posso construir no terreno?" "Qual o numero máximo de pisos que posso construir no terreno?", "A loja pode ter a função que pretendo?", "Que obras posso fazer na minha loja sem licenciamento?", "Na reformulação no meu apartamento posso mudar paredes?"....
A entrada do arquiteto na fase inicial do processo permite um avanço seguro e o sucesso no processo de desenvolvimento do projeto, das obras e do resultado final conseguido: o seu sonho!
Um projeto de arquitetura desenvolve-se por fases. A passagem à fase seguinte implica sempre a aprovação do cliente da fase anterior. Assim, com base num diálogo constante entre o cliente e o arquiteto, fica garantido que o resultado final é aquele que melhor responde às suas necessidades e anseios. Regra geral um processo de projeto na sua totalidade tem 7 fases, podendo variar dependendo do seu grau de complexidade ou do tipo de intervenção.
Na sequência da primeira reunião, onde o cliente e o arquiteto decidem aquilo que vai ser projetado, ou a obra a intervencionar, ficam definidos os trabalhos previstos, a partir dos quais o arquiteto pode na reunião seguinte apresentar uma proposta de honorários e onde é celebrado um contrato.
Nesta etapa, é feito o levantamento de dados para início dos estudos do projeto: Levantamento topográfico do terreno ou métrico do espaço a intervir, quando necessário. A equipa do Obra Atelier visita sempre o local da obra, para além de tomar dados, ter uma percepção mais completa do contexto onde será implantado o projeto. Analisa-se também a escritura do terreno ou planta original, além de se analisar questões legais sobre o terreno ou edificação, como Plano Diretor do Município, que determina o que pode ou não ser feito no local.
Na sequência destas reuniões e das decisões tomadas, fica definido o Programa Preliminar. Por exemplo: quantos quartos, salas e outros espaços, assim como as opções estéticas e condicionantes orçamentais. São analisadas as questões legais e planos em vigor. É também nesta fase que se discutem os prazos de elaboração do projeto e a constituição da equipa de projetistas. Na sequência das decisões tomadas, na reunião seguinte o arquiteto apresenta uma proposta de honorários e é celebrado um contrato.
Dependendo do tipo de projeto, este pode necessitar ou não de licença por parte das entidades competentes. Nesta fase o arquiteto desenvolve o projeto em conformidade com o estabelecido na fase anterior, preparando o processo de aprovação pela respetiva Câmara Municipal, bem como das demais entidades envolvidas no licenciamento do mesmo, perante as quais o Arquiteto é o responsável técnico do projeto de arquitetura e da coordenação dos restantes projetos. Em simultâneo, ou posteriormente, ao licenciamento do projeto de arquitetura proceder-se-á à entrega dos restantes projetos de especialidades legalmente exigidos para aprovação. Caso não haja necessidade de licenciamento, esta será uma fase intermédia de desenvolvimento do projecto.
Após aprovação por parte das entidades competentes, o arquiteto prepara o Projeto de Execução, apresentado sob a forma de desenhos e textos, onde se detalham todos os trabalhos necessários para a execução da obra (por exemplo, processos construtivos, materiais, etc.), de fácil interpretação por parte dos diversos intervenientes. Em paralelo, inicia-se o processo de medições e orçamentos, onde se discriminam as quantidades de materiais a utilizar, tipos de trabalho e forma de execução, de modo a poder aferir-se o valor da obra. É a partir destes documentos – projeto de execução, medições e orçamentos, em conjunto com as condições técnicas, gerais e específicas, referentes à obra - que no futuro será garantido o cumprimento da obra por parte do empreiteiro seleccionado.
É nesta fase que o cliente seleciona o empreiteiro da obra. O arquiteto pode colaborar com o cliente nesta fase, ajudando-o a analisar a capacidade técnica dos candidatos, bem como o preço e prazo para a concretização da obra. Nem sempre o preço é o factor determinante na adjudicação, mas sim a conjugação de um vasto conjunto de fatores, como a disponibilidade, capacidade técnica ou mesmo a experiencia par aa obra em questão. É também nesta fase que é definido, de acordo com as regras legais aplicáveis, o director técnico da obra, pessoa que dirige a execução da obra, garantindo a sua qualidade e conformidade com o projeto aprovado, por parte do empreiteiro.
Esta é a fase de materialização de todo o trabalho desenvolvido até ao momento. Na fiscalização da obra o arquiteto deve certificar-se que o seu projeto está a ser respeitado em todas as suas componentes.
Compete-lhe ainda prestar esclarecimentos sobre eventuais dúvidas de leitura dos desenhos, prestar informações complementares sobre o projeto, ajudando o dono de obra na verificação da qualidade dos materiais e da execução dos trabalhos. Isto não significa, no entanto, que o arquiteto esteja obrigado à fiscalização da obra. Essa situação deverá estar prevista no contrato entre as partes e constitui uma mais valia para o cliente. O sucesso da obra envolve diversos fatores, um dos mais importantes a sua gestão. Uma gestão bem-feita pode diminuir os custos. Saiba como neste artigo.
O arquiteto por formação e experiência é o profissional que está sempre a par das novas tendências estéticas, novas técnicas e processos de construção e potencial criativo sem limites. Também está informado dos novos materiais que vão surgindo no mercado, e assim pode orientar de forma mais clara, eficiente e económica em todas as opções.
O arquiteto é o único profissional habilitado para fazer projetos de arquitetura. Ajuda-o a rentabilizar e otimizar o seu investimento. Um edifício bem concebido e energeticamente eficiente significa poupança nos custos de construção e manutenção. Cada vez mais se associa a valorização patrimonial a uma perspetiva de inovação, estética e técnica. E lembre-se que, quanto mais cedo o arquiteto for envolvido no processo, maior será a sua capacidade de atuação. Ainda tem duvidas de porque deve contratar um arquiteto? veja aqui as vantagens de o fazer.
Vimos as várias etapas de um projeto de arquitetura. É importante dizer que dependendo do projeto pode ser necessário a contratação de outros profissionais responsáveis pelos projetos complementares, ou a consulta a entidades externas que não só a Camara municipal.
A execução da obra é uma das mais complexas e detalhadas fases, pois é quando o projeto sai do papel e se torna realidade. Como dito no inicio deste artigo, cada projeto é exclusivo e único. O arquiteto juntamente com a sua equipa técnica multidisciplinar, e junto com o cliente decidirão as melhores opções e necessidades especificas para que o projeto e no final a obra seja a materialização do seu sonho. E por isso quanto mais cedo fizer parte do processo, melhor será o resultado final.
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Caso esteja a planear construir ou reformular, entre em contacto com Obra Atelier. Na elaboração do seu projeto ou na materialização do seu sonho a equipa de profissionais do Obra Atelier ficará feliz por poder ajudar!